domingo, 24 de fevereiro de 2013

Frutos da Crueldade


Quando se observa a enorme diversidade dos animais existentes na Terra, descobre-se como o Pai Celeste foi pródigo em tudo providenciar ao homem.
Os animais o vestem com suas peles, o alimentam com seus ovos, seu leite, sua carne. Aquecem-no com suas penas e lã.
Com alegria, lhe deliciam os ouvidos compondo sinfonias nos ramos das árvores ou aprisionados em gaiolas douradas.
Retribuem as carícias com fidelidade extremada, até o sacrifício da própria vida.
Em uma palavra, servem o homem.
E o que tem feito o homem pelos animais?
Retira de seu habitat as aves, especialmente periquitos e papagaios, corta-lhes as asas para que não alcem vôo.
E para quê? Para servir de brinquedo ao filho? Por quanto tempo?
Para servir de adorno?
Logo, o bichinho está relegado a um canto, triste. Morre cedo, na maioria das vezes, porque longe da liberdade da sua mata, quando não por doenças que contrai pela alimentação inadequada que recebe.
Por vezes, descobre-se nos centros urbanos, junto a piscinas improvisadas ou nos jardins, tartarugas e cágados.
Também retirados pequenos do seu local de origem, fazem a alegria da criançada... Por algum tempo.
Até crescerem tanto que deixam de ser engraçadinhos. Alimentados de forma incorreta, têm os seus cascos amolecidos e acabam sendo entregues, quando o são, a zoológicos da cidade.
Para que tirá-los da condição de liberdade?
E os sagüis, os macaquinhos, então!? Quanta maldade! Para se conseguir retirar o filhote, normalmente sacrificam-se os pais.
O filhote passa a viver dentro de estreitos espaços, preso a correntes. Morre de tristeza ou por descuidos.
Porque, de um modo geral, as pessoas não se esmeram em saber verdadeiramente como deve o bichinho ser tratado.
Ao lado da maldade de se separar o animal da sua família, do seu habitat, de lhe cercear a liberdade, a maldade maior de acabar paulatinamente com sua espécie.
Pensemos: os pais são mortos, o filhote não tem com quem cruzar. A espécie somente pode perecer, com o tempo.
Tudo isto demonstra a crueldade do ser humano. Crueldade que é fruto do seu egoísmo e do pouco valor que dá à vida.
Onde o respeito à vida, à natureza, ao ser inferior?
Conscientizemo-nos de que somente alcançaremos a felicidade, quando não venhamos a distribuir o mal, seja para a Terra que nos agasalha, seja para os seres que a habitam.
Porque em síntese, toda agressão à natureza redunda em prejuízo para quem a pratica.
* * *
Carl Sagan, astrônomo americano, disse que se fôssemos visitados por um viajante espacial que examinasse nosso planeta, ele possivelmente concluiria que não há vida inteligente na Terra.
É que o hipotético viajante iria logo descobrir que os organismos dominantes da Terra estão destruindo suas fontes de vida.
A camada de ozônio, as florestas tropicais, o solo fértil, tudo sofrendo constantes ataques.
Redação do Momento Espírita com base em artigo da Revista Veja, de 27.03.1996 (pág. 85).

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