terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O Amor está na moda

A Organização das Nações Unidas - ONU, estabeleceu que o ano de 2001 seria o ano internacional do voluntariado. Concluído o ano, os Comitês formados para impulsionar o trabalho voluntário e as doações em nosso país, mostraram um saldo muito positivo.
Somente em um dos estados brasileiros, quinze mil pessoas buscaram o Centro de Voluntariado com interesse em auxiliar, de alguma forma, a alguém. Um número muito maior do que o dos últimos quatro anos somados.
E, vejamos, são quarenta Centros voluntários no Brasil, que desejam transformar a experiência do ano em década do voluntariado.
Mas, não é preciso estar ligado a uma instituição para ajudar. Basta desejar dedicar seu talento e algum tempo de seu trabalho no interesse social ou comunitário.
A boa notícia nos remete aos princípios evangélicos e ao convite insistente de Jesus: "amai-vos uns aos outros."
Se recuarmos na história, verificaremos que os cristãos primitivos tinham exatamente este sentimento em seus corações.
Numa época em que não havia assistência social, em que as leis ainda não beneficiavam nem protegiam o cidadão, os cristãos eram aqueles que amparavam velhos, órfãos e crianças abandonadas.
Os espíritos superiores esclarecem, em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, que numa sociedade justa, "o forte deve trabalhar para o fraco. Não tendo este família, a sociedade deve fazer às vezes desta. É a lei de caridade."
E estamos chegando lá. Estamos nos importando com o idoso, não somente criando mecanismos que lhe permitam o alimento, a moradia, o medicamento, mas igualmente que tudo isto se dê em clima de dignidade.
Estamos nos importando com os sentimentos dessas criaturas que tanto fizeram e agora se encontram de forças diminuídas, mas ainda com possibilidades de ser e de se sentirem úteis.
Estamos nos importando com as crianças que perambulam pelas ruas, nos preocupando em lhes dar instrução através da escola, mas também amor através da ação voluntária que as recebe e lhes oferece afeto.
Estamos nos preocupando com seu lazer, com seus dias de infância, a fim de que elas cresçam em clima de menos carência e mais harmonia.
Estamos diminuindo a lista dos órfãos e abandonados, graças aos corações que se abrem para se tornarem pais e mães de filhos alheios, tanto quanto humanizando as casas-lares para aqueles que não alcançam a ventura da adoção.
Em suma, estamos respirando e buscando transformar em realidade o milênio de paz que todos desejamos.
O amor está na moda. A aragem branda de Jesus invade os corações das pessoas de todas as nações. Isto é bom.
Isto nos dá maior confiança de que em breve tempo o reino de Deus se instalará, em definitivo, na terra, porque ele começa no coração de cada um.
Você sabia?
Você sabia que pesquisa recente revelou que de cada cinco brasileiros adultos, um faz trabalhos voluntários?
E que, além disso, 50% deles fazem doações para instituições e 30% para pessoas?
Tudo isto nos leva a crer que o amor está na moda e que estamos descobrindo que amar faz bem para a alma e para a vida.
Redação Momento Espírita

domingo, 22 de dezembro de 2013

Por que ter filhos?

ducar exige esforço. Que o digam os pais e em especial as mães que, de um modo geral, ficam mais horas com a criança. É uma tarefa árdua com certeza.
Há dias em que a irritação atinge o auge. São aqueles em que as crianças parecem ter acordado com o fiel compromisso de nos atormentar.
É em momentos assim que se pode explodir com a frase: "ai, meu Deus, por que eu fui ter filho?"
A frase cai como uma bomba sobre um pequeno traquinas, esperto e disposto a todas as brincadeiras.
Ao ouvir isso ele pode se sentir rejeitado, sem lugar no mundo, responsável por uma situação que em verdade não criou.
É todo um conjunto de circunstancias que nos leva a desabafar desta forma.
É a preocupação com os afazeres domésticos, os compromissos profissionais, em que somos cobrados pela produtividade e desempenho.
É o dinheiro que falta para cobrir todas as despesas. E, para completar, um dia de chuva após o outro e as crianças gritando, tirando tudo do lugar, correndo pelos quatro cantos da casa, sem parar.
O desabafo tem outras maneiras de ser expressado e outros momentos também. Quando chegam as mensalidades da escola, quando nos damos conta de que há necessidade de comprar novos agasalhos, calçados, um novo livro.
De todo modo, para os filhos que ouvem, o sentimento que é passado é o de rejeição. Eles são um estorvo na vida dos pais. Um peso. Melhor fora se não tivessem nascido.
Como o fato não é isolado e único, eles ouvirão mais de uma vez essa ou aquela frase, afirmando o mesmo.
E crescerão crianças tristonhas, sentindo-se demais em todo lugar. Terão possibilidades de se tornar adultos ensimesmados, retraídos, com medo de se achegar às pessoas, por se considerarem não amados.
Em suas amizades, poderão enfrentar dificuldades, acreditando-se a mais em qualquer circunstância.
A palavra tem força criadora.
Com ela podemos produzir a ventura ou a infelicidade. Podemos construir o bom e o belo, ou a maldade.
Pensemos nisso no contato com os nossos filhos. Reflitamos antes de nos expressarmos e não nos permitamos inconseqüências em nossas palavras.
As crianças devem ser educadas, receber disciplina. Para tal bastam as expressões da coerência, a explicação do bom senso, a paciência das horas.
Recordemos que até hoje as palavras do cristo nos são repetidas diariamente, através das mensagens dos imortais, das páginas dos evangelhos, dos exemplos dignificantes. E ainda assim, permanecemos refratários, pouco ou quase nada assimilando.
E Deus, nosso Pai, que nos criou para a alta destinação da perfeição nunca nos diz que somos um estorvo na criação, por mais que erremos, por mais rebeldes que sejamos diante do seu amor.
Tudo porque a mensagem da educação é de amor e de renúncia, que sabe esperar no tempo a melhoria do ser amado.
Você sabia?
Que a palavra conduz a estados d´alma os mais diversos?
Pela palavra podemos iluminar caminhos em sombras, traçar veredas de segurança, acalentar quem se aninha em corpos minúsculos à busca de carinho e educação.
Pela palavra podemos criar estados de otimismo e lições de amor.
Por utilizar a palavra com sabedoria, o senhor Jesus foi denominado o verbo divino. Suas expressões comoveram a terra e ensejam até hoje a elaboração de um sem número de obras que convidam a criatura ao amor.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Sol de Esperança cap. 3

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O Homem de Bem

3. O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.

Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.
Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.

O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.
Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a demência do Senhor.

Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.
É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."

Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal..

Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.

Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.

Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.

Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.

Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.
O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. (Cap. XVII, nº 9.)

Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.

Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Deixai que venham a mim as criancinhas

19. Deixai venham a mim as criancinhas, pois tenho o leite que fortalece os fracos. Deixai venham a mim todos os que, tímidos e débeis, necessitam de amparo e consolação. Deixai venham a mim os ignorantes, para que eu os esclareça. Deixai venham a mim todos os que sofrem, a multidão dos aflitos e dos infortunados: eu lhes ensinarei o grande remédio que suaviza os males da vida e lhes revelarei o segredo da cura de suas feridas! Qual é, meus amigos, esse bálsamo soberano, que possui tão grande virtude, que se aplica a todas as chagas do coração e as cicatriza? E o amor, é a caridade!

Se possuís esse fogo divino, que é o que podereis temer? Direis a todos os instantes de vossa vida: "Meu Pai, que a tua vontade se faça e não a minha; se te apraz experimentar-me pela dor e pelas tribulações, bendito sejas, porquanto é para meu bem, eu o sei, que a tua mão sobre mim se abate. Se é do teu agrado, Senhor, ter piedade da tua criatura fraca, dar-lhe ao coração as alegrias sãs, bendito sejas ainda. Mas, faze que o amor divino não lhe fique amodorrado na alma, que incessantemente faça subir aos teus pés o testemunho do seu reconhecimento!" Se tendes amor, possuís tudo o que há de desejável na Terra, possuís preciosíssima pérola, que nem os acontecimentos, nem as maldades dos que vos odeiem e persigam poderão arrebatar.

Se tendes amor, tereis colocado o vosso tesouro lá onde os vermes e a ferrugem não o podem atacar e vereis apagar-se da vossa alma tudo o que seja capaz de lhe conspurcar a pureza; sentireis diminuir dia a dia o peso da matéria e, qual pássaro que adeja nos ares e já não se lembra da Terra, subireis continuamente, subireis sempre, até que vossa alma, inebriada, se farte do seu elemento de vida no seio do Senhor. - Um Espírito protetor. (Bordéus, 1861.)

O Evangelho segundo o Espiritismo